CONSULTA NO POSTO COM
DR. ADRIANO DE OLIVEIRA
Infecção Urinária
Hoje levei os exames para o Dr. Adriano olhar, fora uma leve infecção na bexiga o resto estava tudo normal.
Para que vocês entendam um pouco melhor sobre esse assunto, abaixo segue um texto que copiei do site: ABC da Saúde - http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?499.
INFECÇÃO URINÁRIA E GRAVIDEZ
Na gestação, a infecção urinária (IU) se
reveste de grande importância e interesse em razão de sua elevada
incidência nesse período especial da vida da mulher. É a terceira
intercorrência clínica mais comum na gestação, acometendo de 10 a 12%
das grávidas. A maioria destas infecções ocorre no primeiro trimestre
da gravidez, 9% sob a forma de infecção urinária baixa (cistite) e 2%
como infecção urinária alta (pielonefrite). A infecção urinária cria
várias situações doentias e contribui para a mortalidade materno
infantil.
Como ocorre?
As infecções urinárias são causadas por
bactérias da flora intestinal que contaminam o trato urinário. As
bactérias são encontradas na urina quando se rompe o equilíbrio entre a
defesa do organismo e a sua virulência. Normalmente na gravidez, a
urina é mais rica em nutrientes (açúcar e aminoácidos), o que propicia
um meio de cultura mais rico, facilitando o crescimento das bactérias.
Também ocorre, normalmente, na gravidez, uma dilatação do trato
urinário, criando condições de estase urinária (urina parada) que
favorece o crescimento bacteriano e a instalação da infecção urinária.
O aumento do útero, ao ocupar mais espaço, pode obstruir
parcialmente o ureter e criar condições de estase urinária. A estase é
um mecanismo complicador e favorecedor de IU nas grávidas.
Quais são os sintomas ?
Os sintomas surgem e se definem de acordo com o tipo de infecção que se estabeleceu no trato urinário da grávida.
Há quatro tipos de infecção, descritos a seguir:
Bacteriúria assintomática.
É definida como a presença de proliferação
bacteriana na urina, em grávida que não apresenta sintomas ou
queixas urinárias, provavelmente, porque não está ocorrendo lesão e
agressão à mucosa do trato urinário. Na gravidez, a incidência de
bacteriúria assintomática é da ordem de 4 a 7%. Nas grávidas diabéticas,
a incidência é maior, em torno de 12 a 14%, e nas mulheres que já
tiveram IU antes de engravidar, é de 18 a 20 %. É interessante observar
que a metade (50%) das bacteriúrias assintomáticas se tornam
sintomáticas até o final da gestação.
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Infecção urinária baixa.
É também chamada de cistite. A contaminação e
agressão bacteriana são restritas à bexiga. Caracteriza-se,
principalmente por ardência ao urinar (disúria), urgência para urinar,
freqüência aumentada (polaciúria), dor suprapúbica e, algumas vezes,
sangue no término da micção ou no exame de urina.
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Pielonefrite aguda.
É a infecção urinária que ocorre no rim,
também chamada de infecção urinária alta. Caracteriza-se pela
contaminação ascendente da uretra até o rim. Ocorre em aproximadamente
2% das grávidas, geralmente no último trimestre. Apresenta-se,
clinicamente, com início abrupto ou súbito, comprometendo muito o
estado geral da grávida com febre, calafrios, dor lombar intensa,
náuseas e vômitos.
A presença das toxinas liberadas pelas bactérias pode desencadear o
trabalho
de parto pelo aumento das contrações uterinas. Por esta razão, a
pielonefrite
aguda na grávida pode ser responsabilizada por abortamento, trabalho
de parto
prematuro, hipertensão arterial gestacional, óbito fetal e até
mesmo morte
materno fetal nos casos de infecção severas e generalizadas.
A grande maioria das pielonefrites agudas ocorre depois das
infecções
bacterianas assintomáticas, daí a importância de se descobrir as IU
assintomáticas, que podem redundar em pielonefrite.
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Pielonefrite crônica
É a fase crônica das infecções renais anteriores que deixaram lesões ou cicatrizes
nos rins. Geralmente, não apresentam sintomas, mas podem estar
acompanhadas de hipertensão arterial. Com a gravidez, a hipertensão pode se
tornar severa e piorar a função renal; com isto, o estado de saúde da mãe e
do feto se alteram.
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Como se faz o diagnóstico ?
A suspeita diagnóstica de IU se dá pelos sintomas de: micção freqüente, ardência, urgência, dor lombar, náuseas, vômitos, sangue na urina e febre. | |
Para toda a gestante deve-se sempre solicitar de 3 em 3 meses exames de urina e urocultura. Com estes cuidados, procuramos descobrir as infecções urinárias assintomáticas e tratá-las precocemente. | |
No exame comum de urina, o sedimento urinário apresenta um número aumentado de leucócitos, acompanhados de sangue e albumina na urina. | |
Considera-se infecção urinária quando a cultura de urina é positiva, ou seja, com mais de 100.000 bactérias por mililitros de urina. A urina para cultura deve ser colhida pelo jato médio com técnica de antissepsia adequada. As grávidas principalmente no 3º trimestre contaminam a urina muito facilmente, por esta razão é importante que a coleta seja bem feita para evitar erros na interpretação da urocultura. | |
O diagnóstico de lesões do rim na IU é feito pela ultra-sonografia (ecografia), que é uma investigação não invasiva e que permite a avaliação anatômica do rim, como malformações e tamanho renal, pode também, mostrar cálculos e obstruções. Poderá ocorrer que a paciente tenha sinais clínicos de IU, mas as uroculturas são negativas. Quando isto ocorrer deve-se procurar outras infecções, por outros microorganismos como Chlamydia, Herpes, Candida albicans, Tricomoníase e outros. |
Como se faz o tratamento?
Constatada a IU na grávida, ela deve ser imediatamente tratada para evitar complicações, como infecção generalizada, abortamento, parto prematuro, hipertensão gestacional e piora de anemia. | ||
O tratamento deve basear-se no antibiograma. O médico deve escolher antibióticos que não sejam prejudiciais ao feto e a medicação deve ser usada pelo menor tempo possível, mas num período suficiente para ter a segurança de um tratamento adequado e eficaz. |
Como se faz a prevenção?
Nas gestantes que têm IU recorrente, pode-se
usar medicações preventivas por um longo período. Recomenda-se uma
ingestão abundante de líquidos e, nas micções, procurar sempre o
esvaziamento completo da bexiga.
Autor
07/03/2012
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